sábado, agosto 09, 2008

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quarta-feira, julho 09, 2008

brincadeira de crianças

Vejam lá se topam aqui algum contracenso:
"G8 abraça meta de redução de 50 por cento das emissões até 2050"
"G8 pede aumento rápido da produção de petróleo"

até posso compreender que a ideia que querem passar é a de que é necessário resolver rapidamente a crise económica mundial. Mas não me #$%&/$#("#. É óbvio que em 2050 estarão a dizer que afinal não vão conseguir atingir as metas propostas, blá, blá, blá.. entretanto quando podiam investir realmente em renováveis (e renováveis com futuro, não as 19 barragens e mini-hídricas propostas para Portugal) andam a brincar ao faz-de-conta que me importo!!

Fico doente:
"Os líderes anunciam que vão apoiar o lançamento de 20 projectos experimentais de captura e armazenamento de carbono até 2010, com uma ajuda de dez mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros) por ano. “Apoiamos fortemente o lançamento de 20 projectos de grande dimensão (...) para começar a trabalhar com estas tecnologias até 2020”"
Tecnologia para captura de carbono? Já foi inventada há muito tempo. Dá-se pelo nome de ár-vo-re. De grandes dimensões? Também já existe (ou existiu). A-ma-zó-ni-a.
Andam os totós a plantar umas árvorezitas e nós a engolir as boas intenções...


segunda-feira, junho 30, 2008

"Dei-me sempre com pessoas que têm uma concepção original da vida, que não se deixam levar pelo que lêem nos jornais, sabendo muito bem ler nas entrelinhas. Tais pessoas são felizes. Eu fui sempre feliz. Comigo só trago o bilhete de identidade, ou melhor, o cartão de residente. É o único cartão que trago na carteira, não tenho cartão de crédito nem livro de cheques, a vida é maravilhosa, mas é preciso uma pessoa saber desprender-se de tudo isso que desgraçadamente dá felicidade aos imbecis."

Albert Cossery 1913-2008

domingo, junho 15, 2008

De Lavrador a Seleccionador vai um passo...

Enquanto Portugal não ganha o Europeu, e participando humildemente da acessa discussão sobre quem deverá ser o próximo seleccionador, aqui fica a minha aposta. O homem que eu tenho como o mais indicado e competente para o cargo....


Haverá por aí alguém que duvide??

quinta-feira, maio 15, 2008

AS MULHERES DO MEU PAI, José Eduardo Agualusa


Um excelente romance (na realidade não sei se se pode classificar como simples romance...), um livro muito invulgar na sua estrutura. História ficcionada e realidade vão-se cruzando e misturando, alternando, confundindo-se lado a lado, o que até nem é novo. Mas este livro leva essa possibilidade ao extremo, sobretudo porque é uma realidade mesmo concreta, em que há o próprio escritor, há "personagens" mesmo reais, da nossa sociedade, desde Mandela a Mia Couto, e há referências nítidas às suas próprias vivências enquanto pessoa, desde músicas, a filmes e passagens da sua própria vida. Penso que será certamente o primeiro e único livro que irei ler e que trará uma menção e comentário a uma reportagem da revista Pública, junto com uma receita de Frango à Zambeziana...


José Eduardo Agualusa atinge uma maturidade de escrita muito consolidada, existindo uma evidente aproximação e colagem ao estilo de Mia Couto, não tanto na escrita em si, porque essa será inigualável, mas sobretudo no aspecto ficcional, nos universos mágicos e místicos que consegue criar, na irrealidade das personagens, na criação de um mundo onde pessoas vivem lado a lado com criaturas fantásticas e experiências esotéricas, um mundo de "sonambulância" constante. Depois, é um livro essencialmente sobre a vida de um homem, um músico angolano, Faustino Manso, mas será apenas esse um pretexto para o verdadeiro tema, as mulheres e o seu mundo, as suas relações com esse homem, as suas características únicas, numa perspectiva africana de um continente renascido mas com muitos vícios e problemas difíceis ainda por resolver. Um livro que dá imenso prazer ler, que se recomenda vivamente.


"Sentei-me ao seu lado, em silêncio e dessa vez foi ela quem falou primeiro. - Leve os sonhos a sério - sussurrou. - Nada é tão verdadeiro que não mereça ser inventado."


terça-feira, maio 13, 2008

Miserere Nobis, Miguel Torga

Nenhum sinal do céu de próximo milagre;
Os adivinhos mal nos adivinham;
E os restantes humanos,
Há infinitos anos
Que apenas tecem
A teia da rotina,
Como o instinto os ensina.

sábado, maio 03, 2008

Verdades Inabaláveis I

"quando uma pessoa nasce sem inteligência nenhuma, não adianta abrir-lhe a cabeça a meio..."

E ainda dizem que não se aprende nada da vida a atender telefones. Sim, sim..