Há máquinas e máquinas....
Máquina de jornais disponível a partir de hoje em Lisboa
A empresa espanhola Kiosco24 lançou esta quinta-feira, em Lisboa, um conjunto de máquinas automáticas de venda de jornais em locais públicos, que permitem a compra das publicações a qualquer hora do dia.
Segundo o Jornal de Notícias, a instalações dos quiosques será realizada em 16 estações do metropolitano e seis universidades da capital portuguesa.Numa primeira fase do projecto, a empresa vai instalar em Portugal cerca de 22 novos dispositivos.
Para o Porto, está previsto que a nova forma de vender jornais e revistas chegue apenas no segundo semestre deste ano. Além disso, a Kiosco24 pretende ampliar o canal de distribuição a outras cidades do país.
Não sei porquê, mas destas máquinas já não consigo gostar tanto.. Não lhes poderemos dar os bons-dias (ou melhor, podemos mas penso que não serão devolvidos!), nem perguntar humanamente se ainda tem o Público. Apenas olhar e ver a luzinha vermelha a indicar que já acabou. E carregar o botão do DN.
Meus amigos, não há nada de mais agradável que os nossos típicos e magníficos quiosques portugueses, decorados com um papel de parede único, onde saltam os títulos do dia. Onde convivem harmoniosamente a revelação tabloidesca do 24Horas da ex- noiva do Jardel, com a National Geographic anunciando a última descoberta de um antepassado nosso (Não, não é o Homo jardelensis...), logo ao lado esse esplendoroso caderninho noticioso, dos mais importantes da Europa, dentro do género, que é o Crime, com as últimas facadas e burlas pelo país afora..
Não se pode admitir esta banalização maquinada sobre os nossos poucos prazeres que restam, desde a compra do jornal no quiosque da esquina, ao café de esplanada numa manhã de Domingo solarenga. Abaixo as máquinas. Abaixo os mecanismos e roldanas que nos querem colocar em substituição das nossas almas. Quiosques portugueses: Uni-vos!
E vocês, meus amigos, estejam atentos!! Nem tudo o que é crucial e preocupante é referendado neste país... Olho aberto!
2 comentários:
Retiro directamente do teu escrito: "permitem a compra das publicações a qualquer hora do dia."
De mais, concordo que ser aviado no quiosque tradicional tem um "je ne sais quoi". Como é que se diz mesmo?... Humanidade! É isso...
ainda compras o público? rui... tsc tsc tsc.
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