
Pelo meio de devaneios poéticos, raciocínios infindáveis em voz alta difíceis de acompanhar, conjunturas e ilustrações explicando a origem do tropicalismo e a herança portuguesa que o ajudou a fundar, entre conversas entusiásticas e "estórias" desconcertantes do sertão da sua meninice, lá vai cantando umas canções nos entretantos... Forma uma espécie de círculo de genialidade que lhe sai pelos poros todos e no qual se mexe e ciranda, como um cão atrás da sua cauda. Letras brilhantes e soltas, dizendo tudo o que pensa sobre tudo o que vê, vive e sente: O mundo, o Brasil, a mulher. Enfim, não há limites nesta criatividade frenética, como quem pensa e arquitecta à velocidade de um instante. É sobretudo genuíno, fiel ao que lhe vai na alma e no corpo. Porque a liberdade em si mesma não tem grande sentido, ela existe para que se faça uso dela! Sem amarras, sem censura, sem medos ou máscaras, de forma verdadeira e constante. A cada segundo, a cada gesto, a cada canto, frase ou grito, a cada pulsar. Assim é Tom Zé. E ainda bem...

1 comentário:
este post é referente à quinta 25 de maio, fani!
a solidão é um bem melancolicamente precioso..quando se pode escolher...quando é "forçado" torna-se melancolicamente triste...
falta-me a MTv ao teu lado!!! falta-me a música brasileira vinda do quarto ao lado!Há um vazio de não ter a minha "irmã" adoptiva para me obrigar a reagir...
falta-mes simplesmente!
um beijito pra ti e pro Rui!!!
ps. parece que agora tb escrevo algo num blog: http://interlude-jojo.blogspot.com/
Enviar um comentário